Todos os anos no mês de junho, a população de Romaria se prepara e espera feliz a chegada de uma das mais tradicionais festas da cidade, a Festa de São Benedito. O evento religioso ocorre nos dois últimos finais de semana do mês de junho e além de todos os dias ter missas e novenas em louvor ao santo, após, sempre há quermesse na praça, e barraquinha, onde o pessoal se diverte, ouve música, joga bingo, arremata produtos e animais no leilão. É tradicional também a alvorada as cinco horas da manhã de sexta quando se inicia a novena e a alvorada que acontece um domingo depois, encerrando assim a festa. Todos os festeiros se movimentam para organizar, trabalhar, vender, preparar os alimentos e para que a festa aconteça e dê certo. Porém a atração principal dessa festa e que desperta o amor e a paixão de muitos é a cavalhada. No primeiro fim de semana é realizada a cavalhada das crianças e mulheres e no segundo a dos homens. Sempre há grande participação de cavaleiros de toda região. Uma tradição portuguesa que representa a luta de cristãos contra os mouros, se torna cada vez mais presente na tradição e cultura romariense. Na cavalhada os cavaleiros depois de receberem a benção em frente ao santuário e desfilarem pela cidade, devem participar de provas como da argola onde tenta-se pegar a argola com o cabo da tocha, prova do cartucho, onde é arremessado e o cavaleiro correndo tenta pegar, prova do banco onde cada cavaleiro sai do seu lado, chega proximo ao banco que fica no meio do campo de corrida e quem sentar primeiro vence. E para finalizar, a mais importante e a que vale o título da corrida, é a prova da balisa, que o cavaleiro tem que passar pela balisa guiando o cavalo com apenas uma mão, já que na outra deve levar sua tocha, quem fizer em menor tempo, leva a prova. Isso é essa coisa gostosa chamada festa do interior, onde todos conhecem todos, a simplicidade domina, as emoções e paixões brotam e a tradição é mantida e preservada para as futuras gerações terem o prazer e o privilégio de conhecer o que é ser feliz.
Reportagem: Mayara Delfino - Digauai
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