A safra mineira de grãos deste ano deve crescer 0,5% em relação à do ano passado, atingindo 10,22 milhões de toneladas, mesmo com estimativas de queda para muitas culturas devido às secas e às chuvas. É o que mostra os levantamentos revisados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com dados de janeiro a abril de 2011. Houve reversão da tendência negativa pela redução dos impactos previstos do clima. O coordenador da Assessoria Técnica da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), Pierre Vilela, disse que esse resultado é muito positivo. “Passamos a ter um crescimento de produção no estado ao invés de perda. Os prejuízos relativos às secas e às chuvas não serão tão grandes quanto esperávamos. Perdemos 1% de área em função destes problemas. No entanto, a produtividade está subindo à medida que as colheitas avançam. É a comprovação da força e da competência do produtor rural mineiro.” O crescimento é resultado principalmente do aumento de 3,8% da produção de milho (alta de 2,3% na primeira safra e de 58,4% na safrinha). A safra de algodão também cresce com alta de 109,7%, estimulada pelo mercado. As estimativas negativas são para as produções de soja, feijão, arroz, trigo e sorgo. A safra de soja terá queda de 4,2%. A produção de feijão também será menor, em 5,1%. As lavouras de arroz diminuirão 24,2%. “No caso do arroz, somou-se as dificuldades da cultura, pela baixa produtividade que desestimula os produtores mineiros há anos, com os preços atuais muito ruins, devido ao aumento da produção no país e os elevados estoques mundiais”, disse Pierre Vilela. A redução da safra de trigo será de 15,5%, resultante da baixa de preços e do alto custo de armazenagem do grão. A produção de sorgo também deve cair 7,3%. “O caso do sorgo e do trigo é explicado pela transferência de investimento dos agricultores para o milho, que oferece uma rentabilidade maior nesse período. O que justifica o crescimento da safrinha de milho no estado este ano em 58,4%”, destaca o coordenador. A expectativa para milho e soja é de que na próxima safra a demanda continue crescendo e os preços se mantenham elevados. “A oferta deve continuar não correspondendo à demanda e os preços se manterão elevados.” Para os produtores de grãos, o ideal seria armazenar parte da safra para venda no segundo semestre, quando os preços internos deverão aumentar. Em outra direção, para os pecuaristas, que tem os grãos como insumos, a recomendação é de compra e estocagem nesse momento, no pico da safra, quando os preços normalmente são menores.
Fonte: Assessoria de Comunicação FAEMG
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